Ao perceberem o alto índice de casos relacionados ao vírus zika e chikungunya, evolvendo professores e colegas, as estudantes Laíse Conceição de Brito e Beatriz de Souza Bispo, do Colégio Estadual Padre João Montez, em Pojuca, decidiram entender melhor sobre o assunto para tentar contribuir no combate ao mosquito Aedes Aegypti, transmissor das doenças.
Com o projeto “Abordagem das viroses (zika e chikungunya) nas instituições de ensino da cidade de Pojuca”, elas buscam incentivar e motivar os estudantes a debaterem o assunto e, assim, atuar na prevenção e combate ao Aedes Aegypti. A proposta é que a partir do primeiro semestre de 2016, sejam criados grupos de leituras nas escolas para obter todas as informações sobre o vírus, e logo após, sejam desenvolvidas ações que combatam a proliferação.
“Vamos iniciar com um grupo experimental na nossa escola e depois pretendemos expandir para as outras unidades. É importante que nós possamos estar atentos para um mal que está trazendo diversos problemas à sociedade. Também queremos que os colegas comecem a debater ações voltadas à saúde e que, muitas vezes, poderiam ser evitadas com a cooperação de todos”, afirma a estudante do 8º ano, Laíse Conceição, 13 anos.
Por meio do projeto, apresentado na 5ª Feira de Ciências da Bahia, durante o 4º Encontro Estudantil da Rede Estadual, as estudantes realizaram uma pesquisa para descobrir o que as escolas e a Secretaria de Saúde Municipal estavam realizando para combater o Aedes Aegypti e como a comunidade escolar pode contribuir para diminuir a incidência da doença. “Nós visitamos três escolas públicas e duas particulares aplicando um formulário para dirigentes, funcionários e estudantes, além da Secretaria de Saúde. Basicamente queríamos saber como as unidades estavam trabalhando para orientar as pessoas sobre os vírus. Na pesquisa também registramos 47 casos de zika e 13 de chikungunya”, destaca Laíse Conceição.